terça-feira, 27 de julho de 2010

O Amor ~ Gibran Kahlil Gibran

Então, Almitra disse: “Fala-nos do amor.”
E ele ergueu a fronte e olhou para a multidão, e um silêncio caiu sobre todos, e com uma voz forte, disse:
Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:"Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.

Palavra V!va de MMM...

domingo, 30 de maio de 2010

Hj é o dia da reflexão do Amor!!!!!!

"Depois de um tempo, o amor continua lá
e só nos resta paciencia em ver que a rotina em um relacionamento
Também é produtiva
E que não só as grandes excitações movem o amor.
O amor não está na efemeridade dos pequenos momentos de felicidade
E sim na longevidade da rotina a dois"
Fernanda Young
P.V Silvia

O amor segundo Fernanda Young

O que é amor para mim?
Não temer o outro, seja lá no que for, contar com o outro.
A mágoa é possível, mas não deixar que a mágoa se transforme em amargura e rancor.
Ainda sou assustada com as pessoas com as quais me relacionei: Aquela cultura machista.
É claro que existem as exceções, e as exceções são bárbaras.
Eu convivo com uma há dez anos, o meu marido.
Os ritmos estão muito hedonistas, FALTA PACIENCIA...
As pessoas terminam os relacionamentos porque querem grandes excitações [...]
O amor requer paciencia e um certo tempo filosofico para você se questionar.
Não é o caminho do maior peito, da plástica ou então ficar trocando de paixão pelo resto da vida.
Se você quer que ele dure (o amor)
Tem que perdoar sempre!
Fernanda Young

domingo, 14 de março de 2010

Às infâncias perdidas e as que podem recomeçar



Quando I Bambini Fanno Oh




Quando i bambini fanno "oh" c'è un topolinoQuando as crianças fazem Uau!
Mentre i bambini fanno "oh" c'è un cagnolino Tem um ratinho!
Se c'è una cosa che ora so' Quando as crianças fazem Uau!
ma che mai più io rivedrò Tem um cachorrinho!
è un lupo nero che da un bacino (smack) Tem uma coisa que eu sei,
a un agnellino que nunca mais irei rever

É o lobo mau que dá um beijinho num carneirinho


tutti i bambini fanno "oh"E as crianças fazem
dammi la mano ei! me dá a mão, por que me deixa só,
perchè mi lasci solo, Sem ajuda de ninguém,
sai che da soli non si può, sem qualquer um, ninguém pode virar um homem
senza qualcuno,
nessuno
può diventare un uomo


Per una bambola o un robot bot botPor uma boneca ou um robô (carrinho)
magari litigano un po' Talvez, talvez brinquem um pouco
ma col ditino ad alta voce, Mas com dedinho em alta voz,
almeno loro (eh) ao menos eles é, fazem as pazes.
fanno la pace


Così ogni cosa è nuovaE cada coisa nova é uma surpresa,
è una sorpresa Até quando chove, as crianças fazem Uau!
e proprio quando piove Olha que chuva!
i bambini fanno "oh"
guarda la pioggia


Quando i bambini fanno "oh"Quando as crianças fazem Uau!
che meraviglia, che meraviglia! Que maravilha, que maravilha
ma che scemo vedi però, però Mas que bobo veja só, olha só,
che mi vergogno un po' Eu me envergonho um pouco.
perchè non so più fare "oh" Já não sei mais fazer Uau!
e fare tutto come mi piglia, E fazer tudo como eu quero,
perchè i bambini non hanno peli porque as crianças falam sempre,
ne sulla pancia Falam tudo, tudo que pensam.
ne sulla lingua


i bambini sono molto indiscretiAs crianças são muito sinceras
ma hanno tanti segreti mas tem tantos segredos, como poetas.
come i poeti E as crianças se ocupam com fantasias
nei bambini vola la fantasia e anche qualche bugia e com poucas mentiras
oh mamma mia, bada! Oh mamma mi bada!
ma ogni cosa è chiara e trasparente
che quando un grande piange
i bambini fanno "oh"
ti sei fatto la bua
è colpa tua


Quando i bambini fanno "oh"E, mas tudo é claro e transparente,
che meraviglia, che meraviglia! quando um adulto chora
ma che scemo vedi però,però as crianças fazem
che mi vergogno un po' ei,você fez um dodói, a culpa é tua.
perchè non so più fare "oh"
non so più andare sull'altalena
di un fil di lana non so più fare una collana


....nananananananananana....Quando as crianças fazem Uau!

Que maravilha, que maravilha

Mas que bobo veja só, olha só,

eu me envergonho um pouco.

Já não sei mais fazer Uau!

Não brinco mais numa gangorra

Não tenho a chave que abre a porta

dos nossos sonhos...


finchè i cretini fanno(eh)Lalaralaria lalaralaria
finchè i cretini fanno(ah)
finchè i cretini fanno "boom"
tutto il resto è uguale
ma se i bambini fanno "oh"
basta la vocale
io mi vergogno un po'
ivece i grandi fanno "no"
io chiedo asilo
io chiedo asilo
come i leoni
io voglio andare
a gattoni...


e ognuno è perfettoEnquanto os chatos fazem Eh?,
uguale è il colore enquanto os chatos fazem Eh?,
evviva i pazzi che hanno capito cos'è l'amore enquanto os chatos fazem Boo!,
è tutto un fumetto di strane parole tudo fica igual,
che io non ho letto mas se as crianças fazem Uau
voglio tornare a fare "oh" ei, basta a vogal
voglio tornare a fare "oh"
perchè i bambini non hanno peli ne sulla pancia
ne sulla lingua...



Eu me envergonho um pouco,

e os adultos fazem Não!

Eu peço abrigo! Eu peço abrigo!

Como os leões eu quero andar, engatinhando...

Cada um é perfeito, iguais na cor.

E viva os loucos, que perceberam o que é amor!

É tudo uma história de estranhas palavras

que eu não entendo...



Quero voltar a fazer Uau!

Quero voltar a fazer Uau!

Porque as crianças falam sempre,

falam tudo, tudo que pensam..

Ao dia especial que está por vir!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

As vezes é necessário a dor para nos fazer parar e nos fazer lembrar que temos uma cabeça e um coração, um coração que ora é tão duro quanto uma pedra e ora se mostra tão frágil quanto um recém nascido.
Hoje estou triste, Deus sabe o porque. As tristezas não são explicadas , são vividas e percebidas. Esse é o tempo em que as palavras tentam pular nas nossas cabeças golpeando nossas cordas vocais e por almejar sair, por almejar ganhar significados, ela acaba por se perder no caminho entre a cabeça e a garganta.
Estas palavras perdidas vagam, as vezes por muito tempo em uma grande cena de silêncio (seja por mal entendidos, por erros, pelo passado ou pela dor).
Mas um dia sabemos que isso passará não importa quanto tempo dure o silencio, sabemos que passará. Existe uma força chamada Vida que clama, que convida borboletas para fazer parte do mundo secreto das palavras, e quando elas começam a sair, e a voar, não existe mais nada que as façam parar...



Desculpem alguns erros, depois faço algumas correções...



By Silvia


domingo, 14 de fevereiro de 2010

Se basta quando se é

A verdade
inunda almas sãs
alimenta o caminho lícito

A verdade
desnuda
nunca muda
aponta o real

defronta o interdito
amiga da fé
age, transforma
amorna
aquece
mas não esquece

nem do sutil
nem do brutal
apenas é
como tem que ser
sem vírgulas, ou reticências

balança no eixo da virtude
sempre em plenitude
nos invade de coragem
e luta contra a inverdade
que se banhou no orgulho
ou entre escolhas sombrias do egoísmo

Luta densa a da verdade
que nunca desejou ser escondida,
porém pode ser capturada pela ilusão da vaidade
mas forte como o que se é
existe
sempre existe, e em si se basta
para um dia sair da sombra


Palavra V!va de Gre!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Primeiro Amor!

Hoje eu estava em uma loja, e ouvi a música my girl que me fez lembrar do filme Meu Primeiro Amor, é um filme aparentemente infantil, mas que fala de coisas muito profundas...Ao procurar a foto postada abaixo, achei um comentário sobre o primeiro amor que achei muito interessante, na verdade acho que o que está descrito nesse comentário é o estilo de amor que devemos decidir viver com a pessoa que escolhemos para amar todos os dias...




"No meu primeiro amor, eu não tinha essa idade......É, eu realmente não tinha essa idade, mais o valor do sentimento naquela época era assim,,,puro inocente,AMOR VERDADEIRO, DE ZELO,DE QUERER ESTAR PERTO DA PESSOA,CUIDAR DELA,DESCOBRIR TUDO NA VIDA COM ELA.....SÃO SONHOS, SONHOS, QUE AS VEZES SE REALIZAM E AS VEZES NÃO....."







Eu tenho o brilho do sol
Num dia nublado
Quando está frio lá fora
Para mim é como se fosse a primavera
Bem, você vai me perguntar:
O que me faz se sentir desse jeito?
Minha garota
Eu estou falando da minha garota
Eu tenho muito mel
As abelhas me invejam
Eu tenho uma doce canção
Como os pássaros nas árvores
Bem, você vai me perguntar:
O que te faz se sentir desse jeito?
Minha garota
Eu estou falando da minha garota
Eu tenho o brilho do sol
Num dia nublado
Quando está frio lá fora
Para mim é como se fosse a primavera
Bem, você vai me perguntar:
O que te faz se sentir desse jeito?
Minha garota
Eu estou falando da minha garota

My Girl (tradução)




by Silvia




























































terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O triunfo do Amor!!!!!

Durante ainda a graduação, li um livrinho do filósofo C.S. Lewis intitulado: A anatomia de uma dor (Hj está sendo muito indicado nos cursos de Psicologia, sobre o estudo do processo de luto). Esse livro é um diário, onde o autor não apenas vive falando do mundo das idéias, discorrendo indagações existenciais. E sim, ele conta de maneira dolorosa e brilhante seu sofrimento com a perda de sua amada Joy (sua esposa)...
Nesse livro encontrei as afirmações mais fantásticas de Lewis sobre um relacionamento. Foi nesse livro que ele além de ter experienciado o Amor Eros como ele mesmo usou o termo Eros para definir o amor Homem/ Mulher em seu livro The problem of pain, Lewis também foi um conhecedor da imensidão do amor de Deus...Em anatomia de uma dor ele diz o seguinte sobre o milagre de amar:

"Você também. Dê bronca, explique, zombe, perdoe. Pois esse é um dos milagres do amor. Ele concede a ambos,(...)- uma capacidade de ver além de seus próprios atrativos e, ainda assim, sem perder o encanto."


O grande triunfo do amor reside em ir além dos atrativos, ir além do que se vê... Ir além é caminhar, é lutar, é estar com quem se ama sempre encantados... Ao meu ver o encanto reside na cumplicidade, no carinho, na admiração, no respeito conquistados no dia a dia...É perceber que “A pessoa amada na terra,(...) não cessa de triunfar sobre a simples idéia que você faz dela. E você quer que seja assim você a quer com todas as resistências, todas as faltas, toda sua imprevisibilidade, isto é em sua realidade franca e independente.” C.S.Lewis (A anatomia de uma dor)



By Silvia



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Dois destinos

Jeremias estava a caminho de casa, quando viu a festa de arromba no salão mais importante da cidade. Tudo brilhava, os botões, o teto, as bochechas. Parou para olhar o tudo. Era muito dinheiro ali. Ele sabia. Continuou seu caminho, um tanto devagar, pois o trabalho tinha se estendido naquele dia. Chegou em casa, abraçou a esposa carinhosa, que lhe ofereceu o jantar. Os dois filhos se aproximaram também perguntando ao pai sobre o dever de casa. Comeu, ajudou os filhos. Depois, os quatro sentados na varanda conversaram até dar sono. Foram deitar. Jeremias estava cansado, mas satisfeito.

Nancy estava atrasada. Colocou o par de brincos mais brilhosos. Não esqueceu de borrifar mais perfume. O motorista a levou à festa de arromba. Nancy encontrou muitos conhecidos, conversou e dançou como fazia todas as noites de sábado. Amanheceu e Nancy resolveu ir para casa. Seus pés doíam. Em casa, sozinha, sentia-se cansada e insatisfeita.

Jeremias amanhecera doente. A esposa cuidou dele.

Nancy amanhecera doente. Foi para um hospital, num quarto solitário.

Jeremias melhorou e pôde voltar ao trabalho no outro dia. Os filhos fizeram uma surpresa para o pai naquela noite. Ambos desenharam a família e a mãe mandara moldurar.

Nancy melhorou e pôde ir em outra festa. Quando o sol já estava aparecendo resolveu comer na padaria, sozinha.

Quando Nancy saiu, viu Jeremias. Espantou-se de vê-lo com aquele ar de sempre, singelo demais ela pensou. Ele fora mais um em sua vida, pensou novamente. Dizia estar apaixonado, anos atrás. Ela, por sua vez, brincou com seu coração e desapareceu. Não queria nada sério. Acompanhou com o olhar aquele homem caminhando. Singelo demais pensou novamente, e foi embora. Precisava dormir, estava cansada e insatisfeita.

Jeremias percebeu a presença de Nancy, viu uma mulher com vestido de festa, salto alto, maquiagem forte e perfume doce às sete e meia da manhã, tomando seu café com os olhos tristes e um tanto borrados. Olhou-a de longe, e apesar de não sentir nada, se arrependeu dos dias que gastara com ela.

Anos se passaram. Jeremias progrediu no trabalho, teve netos, viu os filhos se formarem na faculdade. Estava cansado e satisfeito.
Nancy participou de muitas festas. Conversou e dançou todas as vezes. Fez plásticas, academia e dieta constante. Estava cansada e insatisfeita.

Jeremias cruzou com Nancy mais uma vez, na mesma situação. Não trocaram palavras, mas ele pensou "A vida cansa, mas só algumas partes dela valem a satisfação."

Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons. (Freud)
Palavra V!va de MMM...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

À todos aqueles que ainda acreditam no amor...não se confundam!

Ele acreditara no amor, ele queria vivenciá-lo a dois. Ele se doou, se sacrificou. Ele fez mais do que podia, perdoou infinitamente. Ainda sim o amor se desfalecera em sua frente. Será que era possível? Ele se perguntava:
- Como podia?
E, então, como naquelas cenas de filmes, em que outros personagens se encaixam no nosso quebra-cabeça interno de um fato insondável, aparecera um cão correndo em sua direção. O animalzinho pulou em suas pernas, querendo brincar. Ele afagou seus pêlos macios e o cachorro aproveitou o momento. Antes que pudesse se perguntar de onde viera o cãozinho, escutou o dono gritando:
- Aí está você, imprestável. Venha, já aqui! Não pense que vai fugir de seu castigo por ter derrubado a sua comida.
E de súbito, o cachorro era levado pelas pernas, sem ao menos latir. De longe escutou-o apanhar. Pensou, então, que o cachorro, mesmo sem ter idéia, sabia amar melhor que o dono. Como em um turbilhão, a peça do quebra-cabeça se encaixava em sua mente, mostrando a resposta que faltava para sua dúvida: "Não era amor."




Palavra V!va de Gre!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

sábado, 16 de janeiro de 2010

Vínculos afetivos

O que é um vínculo afetivo? Talvez esse conceito esteja um tanto deturpado hoje em dia. Muitos de nós podemos acreditar que se vincular a alguém é conquistar seu desejo, é roubar um beijo, ou como dizem "ficar". Acredito que vínculo afetivo requer algo mais. Vínculo real não pode se dar no efêmero, no fugaz. Um vínculo exige tempo, exige doação. Muitas vezes exige resoluções de dificuldades. Em um vínculo, há conflitos também, mas para um progresso, uma evolução.

Mas o que vemos são pessoas sendo descartadas na primeira dificuldade. Não há doação, não há tempo. O efêmero prevalece. O ser humano tornou-se objeto dentro de suas próprias relações. Indiferentes, esquecendo-se do que é amar. Por isso, relembro o Pequeno Príncipe, que tanto nos ensina sobre o vínculo. Cativar, é essa a palavra que ele usa, e ainda nos lembra que somos responsáveis por aquilo que cativamos. E que ao nos vincularmos a uma pessoa, ela não é mais qualquer pessoa, é a pessoa do nosso vínculo, que compartilhamos uma história (com começo, meio e às vezes fim). Ela sabe quem somos, nós a conhecemos também. Simples assim. Importante também e esquecido em troca do fugaz.

O essencial é invisível aos olhos... que possamos refletir nas relações amorosoas dos dias atuais. Que possamos sentir o essencial. Que possamos construir verdadeiros vínculos. Que não sejamos objetos a serem consumidos, nem que entendamos o outro como alguém que podemos usar. Por que ainda precisa-se falar sobre isso? Ser humano é sujeito, não objeto. Simples assim novamente. Corpos não brincam de relacionamento, e sim mentes perturbadas brincam com seus corpos.

Vínculo, aquilo que liga, que ata, que possui um laço, uma relação. Entretanto, esse vínculo só pode ser verdadeiro quando há comprometimento. E será que a sociedade atual é comprometida? Ou ao menos será que o homem é comprometido com ele mesmo? Será que o homem é capaz de sofrer para manter seus valores morais? Ou na primeira oportunidade que estes valores o atrapalham a conquistar um bem desiste deles? Será que o homem é capaz de renunciar prazeres em prol do auxílio ao próximo? Ou busca satisfação desenfreada com medo de não ter o que o outro tem?

Que possamos relembrar com o Pequeno Príncipe:





Muita coisa está deturpada, confusa nas relações afetivas, mas uma coisa é certa: o amor é uma construção rara, é um cativar lento, é superação de dificuldades, é troca, é renúncia, é comprometimento. E o tamanho da satisfação de amar, está longe da ilusória satisfação das coisas efêmeras. Simples assim.
Palavra V!va de Gre!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010


” (…)Queria saber onde estão aquelas pessoas de verdade, que a gente não compra mas também não vive sem. Aquele amigo que mudou para o outro lado do mundo mas você não pensa duas vezes antes de pegar o carro, o ônibus ou o avião e fazer uma visita. Só olhar para ele, sentar ao lado, ouvir a voz, faz tudo ficar mais feliz.Algumas pessoas simplesmente valem a pena.Queria saber onde é que está aquele tipo de namorado que você não veste para se exibir mas despe para provar só pra si mesmo o quanto é feliz. Que você não desfila ao lado, mas leva dentro do peito.Que você não compra, consome, negocia ou contrabandeia. Mas se surpreende quando ganha de presente da vida.Aquele tipo que você não usa para ser alguém e justamente por isso acaba sendo uma pessoa muito melhor.Não culpo pessoas, lugares e sentimentos que se vendem e muito menos me culpo por viver pra cima e pra baixo com minha sacolinha de degustações frugais. É o nosso mundo moderno cheio de tecnologias e vazio de profundidades.Mas hoje, só por hoje, vou sair de casa sem minha bolsa. Vamos ver se acabo conhecendo alguém impagável.
– Tati Bernardi
Palavra V!va de MMM...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Amar pode ser prazer, acima de tudo: sacrifício.
Aquele que se diz incapaz de sacrificar suas vontades é incapaz de amar
Amar é doar o seu coração no momento que você mais precisa dele
Descobri que o amor não é um sentimento estratégico
O amor é como o mar em fúria
Que não respeita barreiras nem demarcações
Ouvi desde pequeno que o amor acontece quando dois corações se encontram
Hoje descobri que não temos o controle da situação quando amamos
Por isso talvez não seja possivel viver ao lado dessa fogueira,
mas nada irá impedi-la de queimar
Leandro Cordeiro
Palavra V!va de MMM...

domingo, 10 de janeiro de 2010

Dê o seu melhor!




Pare um minuto, olhe ao seu redor
Perdemos tanto com medo de sorrir
Porque há tão pouca emoção
Se um sorriso amigo faz outro existir
É tempo de se estender a mão
Pois buscamos juntos a mesma solução
Não devemos desanimar, um mundo melhor
Só depende de nós
Dê o seu melhor,Isso é o que Deus quer
Faça alguém feliz [...]
Pessoas vão sem direção
Nenhum ombro amigo
Um pouco de atenção
Mas devemos ver com o coração
Que dar é bem melhor que receber
Dê o seu melhor
Faça alguém feliz...

Não sei quem é o autor dessa canção, mas a letra dessa música me fez pensar sobre o que tenho feito com esse tempo que irreversívelmente foge, será que tenho feito a vida valer apena, mas o que é uma vida que vale apena? Fazer alguém feliz? Amar sem defesas e reservas? Agir com prudencia e determinação? Acho que é uma mistura de tudo...
É olhar a vida com esperança, é ser carinhoso, gentil, amável com o outro, é rir das bobagens do cotidiano e de você mesmo, é tomar iogurte e lambuzar os dedos, e ouvir uma música e viajar nela, é amar, é viajar, é dividir, é ter as pessoas que amamos ao nosso lado, é dar o nosso melhor, lembrando sempre que o nosso melhor sempre andará de mãos dadas com a decisão de amar...
Enfim é nos detalhes que vida se descortina diante de nós, são nos pequenos gestos que a emoção da vida floresce...
Palavra viva Silvia

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Música da vida


a música da vida...
....descortina pensamentos
indicando os afetos sutis
eis o sentir que balança
na música da pulsão

a caminhar pelo ar
descobrindo as cores do invisível

no ritmo de quem ama, aprende,
se salva ou se arrebenta

mas sempre na escolha de ser
humano,
talvez demasiado,
mas sublime
sempre,
pois eis que pulsa sem cessar

em cor,
em ritmo,
em som,
faz a melhor música...
aquela
da vida...

rara beleza
da incógnita de ser

ah o existir,
intenso por si só,
envolvente,
ah o pensar
plainando entre palavras e imagens
alucinando sabores
ocultando rancores

pelas peripécias do sentir
eis a música
que habita
o profundo
e que paira
além
e que transmuta
não se sabe como
mas se faz
e se é


Palavra V!va de Gre!

As cores do invisível



...pulsantes em tons de alegrias,
vibrantes em sorrisos,
estão no calor daquele que sente;

tão intensa
determina humores,
tão radiante
alucina sabores
de afetos fluidos

Ah as cores do invisível
preenchem o ser que vive,
mas só o que vive.
Você sente-as?
Espalhe-a
e irá descobrir o
além do tangível!

Palavra V!va de Gre!