terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O triunfo do Amor!!!!!

Durante ainda a graduação, li um livrinho do filósofo C.S. Lewis intitulado: A anatomia de uma dor (Hj está sendo muito indicado nos cursos de Psicologia, sobre o estudo do processo de luto). Esse livro é um diário, onde o autor não apenas vive falando do mundo das idéias, discorrendo indagações existenciais. E sim, ele conta de maneira dolorosa e brilhante seu sofrimento com a perda de sua amada Joy (sua esposa)...
Nesse livro encontrei as afirmações mais fantásticas de Lewis sobre um relacionamento. Foi nesse livro que ele além de ter experienciado o Amor Eros como ele mesmo usou o termo Eros para definir o amor Homem/ Mulher em seu livro The problem of pain, Lewis também foi um conhecedor da imensidão do amor de Deus...Em anatomia de uma dor ele diz o seguinte sobre o milagre de amar:

"Você também. Dê bronca, explique, zombe, perdoe. Pois esse é um dos milagres do amor. Ele concede a ambos,(...)- uma capacidade de ver além de seus próprios atrativos e, ainda assim, sem perder o encanto."


O grande triunfo do amor reside em ir além dos atrativos, ir além do que se vê... Ir além é caminhar, é lutar, é estar com quem se ama sempre encantados... Ao meu ver o encanto reside na cumplicidade, no carinho, na admiração, no respeito conquistados no dia a dia...É perceber que “A pessoa amada na terra,(...) não cessa de triunfar sobre a simples idéia que você faz dela. E você quer que seja assim você a quer com todas as resistências, todas as faltas, toda sua imprevisibilidade, isto é em sua realidade franca e independente.” C.S.Lewis (A anatomia de uma dor)



By Silvia



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Dois destinos

Jeremias estava a caminho de casa, quando viu a festa de arromba no salão mais importante da cidade. Tudo brilhava, os botões, o teto, as bochechas. Parou para olhar o tudo. Era muito dinheiro ali. Ele sabia. Continuou seu caminho, um tanto devagar, pois o trabalho tinha se estendido naquele dia. Chegou em casa, abraçou a esposa carinhosa, que lhe ofereceu o jantar. Os dois filhos se aproximaram também perguntando ao pai sobre o dever de casa. Comeu, ajudou os filhos. Depois, os quatro sentados na varanda conversaram até dar sono. Foram deitar. Jeremias estava cansado, mas satisfeito.

Nancy estava atrasada. Colocou o par de brincos mais brilhosos. Não esqueceu de borrifar mais perfume. O motorista a levou à festa de arromba. Nancy encontrou muitos conhecidos, conversou e dançou como fazia todas as noites de sábado. Amanheceu e Nancy resolveu ir para casa. Seus pés doíam. Em casa, sozinha, sentia-se cansada e insatisfeita.

Jeremias amanhecera doente. A esposa cuidou dele.

Nancy amanhecera doente. Foi para um hospital, num quarto solitário.

Jeremias melhorou e pôde voltar ao trabalho no outro dia. Os filhos fizeram uma surpresa para o pai naquela noite. Ambos desenharam a família e a mãe mandara moldurar.

Nancy melhorou e pôde ir em outra festa. Quando o sol já estava aparecendo resolveu comer na padaria, sozinha.

Quando Nancy saiu, viu Jeremias. Espantou-se de vê-lo com aquele ar de sempre, singelo demais ela pensou. Ele fora mais um em sua vida, pensou novamente. Dizia estar apaixonado, anos atrás. Ela, por sua vez, brincou com seu coração e desapareceu. Não queria nada sério. Acompanhou com o olhar aquele homem caminhando. Singelo demais pensou novamente, e foi embora. Precisava dormir, estava cansada e insatisfeita.

Jeremias percebeu a presença de Nancy, viu uma mulher com vestido de festa, salto alto, maquiagem forte e perfume doce às sete e meia da manhã, tomando seu café com os olhos tristes e um tanto borrados. Olhou-a de longe, e apesar de não sentir nada, se arrependeu dos dias que gastara com ela.

Anos se passaram. Jeremias progrediu no trabalho, teve netos, viu os filhos se formarem na faculdade. Estava cansado e satisfeito.
Nancy participou de muitas festas. Conversou e dançou todas as vezes. Fez plásticas, academia e dieta constante. Estava cansada e insatisfeita.

Jeremias cruzou com Nancy mais uma vez, na mesma situação. Não trocaram palavras, mas ele pensou "A vida cansa, mas só algumas partes dela valem a satisfação."

Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons. (Freud)
Palavra V!va de MMM...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

À todos aqueles que ainda acreditam no amor...não se confundam!

Ele acreditara no amor, ele queria vivenciá-lo a dois. Ele se doou, se sacrificou. Ele fez mais do que podia, perdoou infinitamente. Ainda sim o amor se desfalecera em sua frente. Será que era possível? Ele se perguntava:
- Como podia?
E, então, como naquelas cenas de filmes, em que outros personagens se encaixam no nosso quebra-cabeça interno de um fato insondável, aparecera um cão correndo em sua direção. O animalzinho pulou em suas pernas, querendo brincar. Ele afagou seus pêlos macios e o cachorro aproveitou o momento. Antes que pudesse se perguntar de onde viera o cãozinho, escutou o dono gritando:
- Aí está você, imprestável. Venha, já aqui! Não pense que vai fugir de seu castigo por ter derrubado a sua comida.
E de súbito, o cachorro era levado pelas pernas, sem ao menos latir. De longe escutou-o apanhar. Pensou, então, que o cachorro, mesmo sem ter idéia, sabia amar melhor que o dono. Como em um turbilhão, a peça do quebra-cabeça se encaixava em sua mente, mostrando a resposta que faltava para sua dúvida: "Não era amor."




Palavra V!va de Gre!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

sábado, 16 de janeiro de 2010

Vínculos afetivos

O que é um vínculo afetivo? Talvez esse conceito esteja um tanto deturpado hoje em dia. Muitos de nós podemos acreditar que se vincular a alguém é conquistar seu desejo, é roubar um beijo, ou como dizem "ficar". Acredito que vínculo afetivo requer algo mais. Vínculo real não pode se dar no efêmero, no fugaz. Um vínculo exige tempo, exige doação. Muitas vezes exige resoluções de dificuldades. Em um vínculo, há conflitos também, mas para um progresso, uma evolução.

Mas o que vemos são pessoas sendo descartadas na primeira dificuldade. Não há doação, não há tempo. O efêmero prevalece. O ser humano tornou-se objeto dentro de suas próprias relações. Indiferentes, esquecendo-se do que é amar. Por isso, relembro o Pequeno Príncipe, que tanto nos ensina sobre o vínculo. Cativar, é essa a palavra que ele usa, e ainda nos lembra que somos responsáveis por aquilo que cativamos. E que ao nos vincularmos a uma pessoa, ela não é mais qualquer pessoa, é a pessoa do nosso vínculo, que compartilhamos uma história (com começo, meio e às vezes fim). Ela sabe quem somos, nós a conhecemos também. Simples assim. Importante também e esquecido em troca do fugaz.

O essencial é invisível aos olhos... que possamos refletir nas relações amorosoas dos dias atuais. Que possamos sentir o essencial. Que possamos construir verdadeiros vínculos. Que não sejamos objetos a serem consumidos, nem que entendamos o outro como alguém que podemos usar. Por que ainda precisa-se falar sobre isso? Ser humano é sujeito, não objeto. Simples assim novamente. Corpos não brincam de relacionamento, e sim mentes perturbadas brincam com seus corpos.

Vínculo, aquilo que liga, que ata, que possui um laço, uma relação. Entretanto, esse vínculo só pode ser verdadeiro quando há comprometimento. E será que a sociedade atual é comprometida? Ou ao menos será que o homem é comprometido com ele mesmo? Será que o homem é capaz de sofrer para manter seus valores morais? Ou na primeira oportunidade que estes valores o atrapalham a conquistar um bem desiste deles? Será que o homem é capaz de renunciar prazeres em prol do auxílio ao próximo? Ou busca satisfação desenfreada com medo de não ter o que o outro tem?

Que possamos relembrar com o Pequeno Príncipe:





Muita coisa está deturpada, confusa nas relações afetivas, mas uma coisa é certa: o amor é uma construção rara, é um cativar lento, é superação de dificuldades, é troca, é renúncia, é comprometimento. E o tamanho da satisfação de amar, está longe da ilusória satisfação das coisas efêmeras. Simples assim.
Palavra V!va de Gre!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010


” (…)Queria saber onde estão aquelas pessoas de verdade, que a gente não compra mas também não vive sem. Aquele amigo que mudou para o outro lado do mundo mas você não pensa duas vezes antes de pegar o carro, o ônibus ou o avião e fazer uma visita. Só olhar para ele, sentar ao lado, ouvir a voz, faz tudo ficar mais feliz.Algumas pessoas simplesmente valem a pena.Queria saber onde é que está aquele tipo de namorado que você não veste para se exibir mas despe para provar só pra si mesmo o quanto é feliz. Que você não desfila ao lado, mas leva dentro do peito.Que você não compra, consome, negocia ou contrabandeia. Mas se surpreende quando ganha de presente da vida.Aquele tipo que você não usa para ser alguém e justamente por isso acaba sendo uma pessoa muito melhor.Não culpo pessoas, lugares e sentimentos que se vendem e muito menos me culpo por viver pra cima e pra baixo com minha sacolinha de degustações frugais. É o nosso mundo moderno cheio de tecnologias e vazio de profundidades.Mas hoje, só por hoje, vou sair de casa sem minha bolsa. Vamos ver se acabo conhecendo alguém impagável.
– Tati Bernardi
Palavra V!va de MMM...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Amar pode ser prazer, acima de tudo: sacrifício.
Aquele que se diz incapaz de sacrificar suas vontades é incapaz de amar
Amar é doar o seu coração no momento que você mais precisa dele
Descobri que o amor não é um sentimento estratégico
O amor é como o mar em fúria
Que não respeita barreiras nem demarcações
Ouvi desde pequeno que o amor acontece quando dois corações se encontram
Hoje descobri que não temos o controle da situação quando amamos
Por isso talvez não seja possivel viver ao lado dessa fogueira,
mas nada irá impedi-la de queimar
Leandro Cordeiro
Palavra V!va de MMM...

domingo, 10 de janeiro de 2010

Dê o seu melhor!




Pare um minuto, olhe ao seu redor
Perdemos tanto com medo de sorrir
Porque há tão pouca emoção
Se um sorriso amigo faz outro existir
É tempo de se estender a mão
Pois buscamos juntos a mesma solução
Não devemos desanimar, um mundo melhor
Só depende de nós
Dê o seu melhor,Isso é o que Deus quer
Faça alguém feliz [...]
Pessoas vão sem direção
Nenhum ombro amigo
Um pouco de atenção
Mas devemos ver com o coração
Que dar é bem melhor que receber
Dê o seu melhor
Faça alguém feliz...

Não sei quem é o autor dessa canção, mas a letra dessa música me fez pensar sobre o que tenho feito com esse tempo que irreversívelmente foge, será que tenho feito a vida valer apena, mas o que é uma vida que vale apena? Fazer alguém feliz? Amar sem defesas e reservas? Agir com prudencia e determinação? Acho que é uma mistura de tudo...
É olhar a vida com esperança, é ser carinhoso, gentil, amável com o outro, é rir das bobagens do cotidiano e de você mesmo, é tomar iogurte e lambuzar os dedos, e ouvir uma música e viajar nela, é amar, é viajar, é dividir, é ter as pessoas que amamos ao nosso lado, é dar o nosso melhor, lembrando sempre que o nosso melhor sempre andará de mãos dadas com a decisão de amar...
Enfim é nos detalhes que vida se descortina diante de nós, são nos pequenos gestos que a emoção da vida floresce...
Palavra viva Silvia

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Música da vida


a música da vida...
....descortina pensamentos
indicando os afetos sutis
eis o sentir que balança
na música da pulsão

a caminhar pelo ar
descobrindo as cores do invisível

no ritmo de quem ama, aprende,
se salva ou se arrebenta

mas sempre na escolha de ser
humano,
talvez demasiado,
mas sublime
sempre,
pois eis que pulsa sem cessar

em cor,
em ritmo,
em som,
faz a melhor música...
aquela
da vida...

rara beleza
da incógnita de ser

ah o existir,
intenso por si só,
envolvente,
ah o pensar
plainando entre palavras e imagens
alucinando sabores
ocultando rancores

pelas peripécias do sentir
eis a música
que habita
o profundo
e que paira
além
e que transmuta
não se sabe como
mas se faz
e se é


Palavra V!va de Gre!

As cores do invisível



...pulsantes em tons de alegrias,
vibrantes em sorrisos,
estão no calor daquele que sente;

tão intensa
determina humores,
tão radiante
alucina sabores
de afetos fluidos

Ah as cores do invisível
preenchem o ser que vive,
mas só o que vive.
Você sente-as?
Espalhe-a
e irá descobrir o
além do tangível!

Palavra V!va de Gre!