quinta-feira, 28 de junho de 2007




Desencanto


Eu faço versos como quem chora

De desalento... de desencanto...

Fecha o meu livro, se por agora

Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue.

Volúpia ardente...

Tristeza esparsa... remorso vão...

Dói-me nas veias.

Amargo e quente,

Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca

Assim dos lábios a vida corre,

Deixando um acre sabor na boca.

Eu faço versos como quem morre.



Manoel Bandeira

Ouço barulhos vindos de fora que são insignificantes. O silêncio faz parte de mim o desânimo e a tristeza. Olho ao meu redor e não te encontro, não te vejo! Talvez um dia eu entenda seu silêncio a sua indiferença. E o meu coração se parte, é como se cada palavra entrasse nos meus ouvidos e moessem meu coração... As palavras e seu coruscante poder de penetrar nos ouvidos, quebrar um coração e desencorajar uma alma.

É com essas tristes e sentidas palavras que fico por aqui com meus escritos nesse blog... Eu não vejo mais motivos para eu estar aqui...Nos encontramos nos corredores da Upa ou nos nossos encontros...Quero dizer a vocês meninas que as amo muito!!! E que foi muito bom dividir esse espaço com vocês, fiquem a vontade de fazer o que quiserem do blog...

Silvia

Um comentário:

Tulipa disse...

Para realizar suas maravilhas;
Ele imprime suas pegadas no mar,
E cavalga sobre a tempestade.

Vós, santos medrosos, renovai a coragem!
As nuvens que tanto temeis,
São grandes em misericórdia, e irromperão
Em bênçãos sobre vossas cabeças.

Não julgue o Senhor com débil entendimento,
Mas confie nele para sua graça.
Por trás de uma providência carrancuda,
Ele oculta uma face sorridente.

Seus propósitos amadurecerão rapidamente,
Desvendando-se a cada hora;
O botão pode ter um gosto amargo,
Mas a flor será doce.

William Cowper