segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

As vezes é necessário a dor para nos fazer parar e nos fazer lembrar que temos uma cabeça e um coração, um coração que ora é tão duro quanto uma pedra e ora se mostra tão frágil quanto um recém nascido.
Hoje estou triste, Deus sabe o porque. As tristezas não são explicadas , são vividas e percebidas. Esse é o tempo em que as palavras tentam pular nas nossas cabeças golpeando nossas cordas vocais e por almejar sair, por almejar ganhar significados, ela acaba por se perder no caminho entre a cabeça e a garganta.
Estas palavras perdidas vagam, as vezes por muito tempo em uma grande cena de silêncio (seja por mal entendidos, por erros, pelo passado ou pela dor).
Mas um dia sabemos que isso passará não importa quanto tempo dure o silencio, sabemos que passará. Existe uma força chamada Vida que clama, que convida borboletas para fazer parte do mundo secreto das palavras, e quando elas começam a sair, e a voar, não existe mais nada que as façam parar...



Desculpem alguns erros, depois faço algumas correções...



By Silvia


domingo, 14 de fevereiro de 2010

Se basta quando se é

A verdade
inunda almas sãs
alimenta o caminho lícito

A verdade
desnuda
nunca muda
aponta o real

defronta o interdito
amiga da fé
age, transforma
amorna
aquece
mas não esquece

nem do sutil
nem do brutal
apenas é
como tem que ser
sem vírgulas, ou reticências

balança no eixo da virtude
sempre em plenitude
nos invade de coragem
e luta contra a inverdade
que se banhou no orgulho
ou entre escolhas sombrias do egoísmo

Luta densa a da verdade
que nunca desejou ser escondida,
porém pode ser capturada pela ilusão da vaidade
mas forte como o que se é
existe
sempre existe, e em si se basta
para um dia sair da sombra


Palavra V!va de Gre!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Primeiro Amor!

Hoje eu estava em uma loja, e ouvi a música my girl que me fez lembrar do filme Meu Primeiro Amor, é um filme aparentemente infantil, mas que fala de coisas muito profundas...Ao procurar a foto postada abaixo, achei um comentário sobre o primeiro amor que achei muito interessante, na verdade acho que o que está descrito nesse comentário é o estilo de amor que devemos decidir viver com a pessoa que escolhemos para amar todos os dias...




"No meu primeiro amor, eu não tinha essa idade......É, eu realmente não tinha essa idade, mais o valor do sentimento naquela época era assim,,,puro inocente,AMOR VERDADEIRO, DE ZELO,DE QUERER ESTAR PERTO DA PESSOA,CUIDAR DELA,DESCOBRIR TUDO NA VIDA COM ELA.....SÃO SONHOS, SONHOS, QUE AS VEZES SE REALIZAM E AS VEZES NÃO....."







Eu tenho o brilho do sol
Num dia nublado
Quando está frio lá fora
Para mim é como se fosse a primavera
Bem, você vai me perguntar:
O que me faz se sentir desse jeito?
Minha garota
Eu estou falando da minha garota
Eu tenho muito mel
As abelhas me invejam
Eu tenho uma doce canção
Como os pássaros nas árvores
Bem, você vai me perguntar:
O que te faz se sentir desse jeito?
Minha garota
Eu estou falando da minha garota
Eu tenho o brilho do sol
Num dia nublado
Quando está frio lá fora
Para mim é como se fosse a primavera
Bem, você vai me perguntar:
O que te faz se sentir desse jeito?
Minha garota
Eu estou falando da minha garota

My Girl (tradução)




by Silvia




























































terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O triunfo do Amor!!!!!

Durante ainda a graduação, li um livrinho do filósofo C.S. Lewis intitulado: A anatomia de uma dor (Hj está sendo muito indicado nos cursos de Psicologia, sobre o estudo do processo de luto). Esse livro é um diário, onde o autor não apenas vive falando do mundo das idéias, discorrendo indagações existenciais. E sim, ele conta de maneira dolorosa e brilhante seu sofrimento com a perda de sua amada Joy (sua esposa)...
Nesse livro encontrei as afirmações mais fantásticas de Lewis sobre um relacionamento. Foi nesse livro que ele além de ter experienciado o Amor Eros como ele mesmo usou o termo Eros para definir o amor Homem/ Mulher em seu livro The problem of pain, Lewis também foi um conhecedor da imensidão do amor de Deus...Em anatomia de uma dor ele diz o seguinte sobre o milagre de amar:

"Você também. Dê bronca, explique, zombe, perdoe. Pois esse é um dos milagres do amor. Ele concede a ambos,(...)- uma capacidade de ver além de seus próprios atrativos e, ainda assim, sem perder o encanto."


O grande triunfo do amor reside em ir além dos atrativos, ir além do que se vê... Ir além é caminhar, é lutar, é estar com quem se ama sempre encantados... Ao meu ver o encanto reside na cumplicidade, no carinho, na admiração, no respeito conquistados no dia a dia...É perceber que “A pessoa amada na terra,(...) não cessa de triunfar sobre a simples idéia que você faz dela. E você quer que seja assim você a quer com todas as resistências, todas as faltas, toda sua imprevisibilidade, isto é em sua realidade franca e independente.” C.S.Lewis (A anatomia de uma dor)



By Silvia



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Dois destinos

Jeremias estava a caminho de casa, quando viu a festa de arromba no salão mais importante da cidade. Tudo brilhava, os botões, o teto, as bochechas. Parou para olhar o tudo. Era muito dinheiro ali. Ele sabia. Continuou seu caminho, um tanto devagar, pois o trabalho tinha se estendido naquele dia. Chegou em casa, abraçou a esposa carinhosa, que lhe ofereceu o jantar. Os dois filhos se aproximaram também perguntando ao pai sobre o dever de casa. Comeu, ajudou os filhos. Depois, os quatro sentados na varanda conversaram até dar sono. Foram deitar. Jeremias estava cansado, mas satisfeito.

Nancy estava atrasada. Colocou o par de brincos mais brilhosos. Não esqueceu de borrifar mais perfume. O motorista a levou à festa de arromba. Nancy encontrou muitos conhecidos, conversou e dançou como fazia todas as noites de sábado. Amanheceu e Nancy resolveu ir para casa. Seus pés doíam. Em casa, sozinha, sentia-se cansada e insatisfeita.

Jeremias amanhecera doente. A esposa cuidou dele.

Nancy amanhecera doente. Foi para um hospital, num quarto solitário.

Jeremias melhorou e pôde voltar ao trabalho no outro dia. Os filhos fizeram uma surpresa para o pai naquela noite. Ambos desenharam a família e a mãe mandara moldurar.

Nancy melhorou e pôde ir em outra festa. Quando o sol já estava aparecendo resolveu comer na padaria, sozinha.

Quando Nancy saiu, viu Jeremias. Espantou-se de vê-lo com aquele ar de sempre, singelo demais ela pensou. Ele fora mais um em sua vida, pensou novamente. Dizia estar apaixonado, anos atrás. Ela, por sua vez, brincou com seu coração e desapareceu. Não queria nada sério. Acompanhou com o olhar aquele homem caminhando. Singelo demais pensou novamente, e foi embora. Precisava dormir, estava cansada e insatisfeita.

Jeremias percebeu a presença de Nancy, viu uma mulher com vestido de festa, salto alto, maquiagem forte e perfume doce às sete e meia da manhã, tomando seu café com os olhos tristes e um tanto borrados. Olhou-a de longe, e apesar de não sentir nada, se arrependeu dos dias que gastara com ela.

Anos se passaram. Jeremias progrediu no trabalho, teve netos, viu os filhos se formarem na faculdade. Estava cansado e satisfeito.
Nancy participou de muitas festas. Conversou e dançou todas as vezes. Fez plásticas, academia e dieta constante. Estava cansada e insatisfeita.

Jeremias cruzou com Nancy mais uma vez, na mesma situação. Não trocaram palavras, mas ele pensou "A vida cansa, mas só algumas partes dela valem a satisfação."

Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons. (Freud)
Palavra V!va de MMM...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

À todos aqueles que ainda acreditam no amor...não se confundam!

Ele acreditara no amor, ele queria vivenciá-lo a dois. Ele se doou, se sacrificou. Ele fez mais do que podia, perdoou infinitamente. Ainda sim o amor se desfalecera em sua frente. Será que era possível? Ele se perguntava:
- Como podia?
E, então, como naquelas cenas de filmes, em que outros personagens se encaixam no nosso quebra-cabeça interno de um fato insondável, aparecera um cão correndo em sua direção. O animalzinho pulou em suas pernas, querendo brincar. Ele afagou seus pêlos macios e o cachorro aproveitou o momento. Antes que pudesse se perguntar de onde viera o cãozinho, escutou o dono gritando:
- Aí está você, imprestável. Venha, já aqui! Não pense que vai fugir de seu castigo por ter derrubado a sua comida.
E de súbito, o cachorro era levado pelas pernas, sem ao menos latir. De longe escutou-o apanhar. Pensou, então, que o cachorro, mesmo sem ter idéia, sabia amar melhor que o dono. Como em um turbilhão, a peça do quebra-cabeça se encaixava em sua mente, mostrando a resposta que faltava para sua dúvida: "Não era amor."




Palavra V!va de Gre!