terça-feira, 27 de julho de 2010
O Amor ~ Gibran Kahlil Gibran
E ele ergueu a fronte e olhou para a multidão, e um silêncio caiu sobre todos, e com uma voz forte, disse:
Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:"Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.
Palavra V!va de MMM...
domingo, 30 de maio de 2010
Hj é o dia da reflexão do Amor!!!!!!
O amor segundo Fernanda Young
domingo, 14 de março de 2010
Às infâncias perdidas e as que podem recomeçar
Quando I Bambini Fanno Oh | |
Quando i bambini fanno "oh" c'è un topolino | Quando as crianças fazem Uau! |
Mentre i bambini fanno "oh" c'è un cagnolino | Tem um ratinho! |
Se c'è una cosa che ora so' | Quando as crianças fazem Uau! |
ma che mai più io rivedrò | Tem um cachorrinho! |
è un lupo nero che da un bacino (smack) | Tem uma coisa que eu sei, |
a un agnellino | que nunca mais irei rever |
É o lobo mau que dá um beijinho num carneirinho | |
tutti i bambini fanno "oh" | E as crianças fazem |
dammi la mano | ei! me dá a mão, por que me deixa só, |
perchè mi lasci solo, | Sem ajuda de ninguém, |
sai che da soli non si può, | sem qualquer um, ninguém pode virar um homem |
senza qualcuno, | |
nessuno | |
può diventare un uomo | |
Per una bambola o un robot bot bot | Por uma boneca ou um robô (carrinho) |
magari litigano un po' | Talvez, talvez brinquem um pouco |
ma col ditino ad alta voce, | Mas com dedinho em alta voz, |
almeno loro (eh) | ao menos eles é, fazem as pazes. |
fanno la pace | |
Così ogni cosa è nuova | E cada coisa nova é uma surpresa, |
è una sorpresa | Até quando chove, as crianças fazem Uau! |
e proprio quando piove | Olha que chuva! |
i bambini fanno "oh" | |
guarda la pioggia | |
Quando i bambini fanno "oh" | Quando as crianças fazem Uau! |
che meraviglia, che meraviglia! | Que maravilha, que maravilha |
ma che scemo vedi però, però | Mas que bobo veja só, olha só, |
che mi vergogno un po' | Eu me envergonho um pouco. |
perchè non so più fare "oh" | Já não sei mais fazer Uau! |
e fare tutto come mi piglia, | E fazer tudo como eu quero, |
perchè i bambini non hanno peli | porque as crianças falam sempre, |
ne sulla pancia | Falam tudo, tudo que pensam. |
ne sulla lingua | |
i bambini sono molto indiscreti | As crianças são muito sinceras |
ma hanno tanti segreti | mas tem tantos segredos, como poetas. |
come i poeti | E as crianças se ocupam com fantasias |
nei bambini vola la fantasia e anche qualche bugia | e com poucas mentiras |
oh mamma mia, bada! | Oh mamma mi bada! |
ma ogni cosa è chiara e trasparente | |
che quando un grande piange | |
i bambini fanno "oh" | |
ti sei fatto la bua | |
è colpa tua | |
Quando i bambini fanno "oh" | E, mas tudo é claro e transparente, |
che meraviglia, che meraviglia! | quando um adulto chora |
ma che scemo vedi però,però | as crianças fazem |
che mi vergogno un po' | ei,você fez um dodói, a culpa é tua. |
perchè non so più fare "oh" | |
non so più andare sull'altalena | |
di un fil di lana non so più fare una collana | |
....nananananananananana.... | Quando as crianças fazem Uau! |
Que maravilha, que maravilha | |
Mas que bobo veja só, olha só, | |
eu me envergonho um pouco. | |
Já não sei mais fazer Uau! | |
Não brinco mais numa gangorra | |
Não tenho a chave que abre a porta | |
dos nossos sonhos... | |
finchè i cretini fanno(eh) | Lalaralaria lalaralaria |
finchè i cretini fanno(ah) | |
finchè i cretini fanno "boom" | |
tutto il resto è uguale | |
ma se i bambini fanno "oh" | |
basta la vocale | |
io mi vergogno un po' | |
ivece i grandi fanno "no" | |
io chiedo asilo | |
io chiedo asilo | |
come i leoni | |
io voglio andare | |
a gattoni... | |
e ognuno è perfetto | Enquanto os chatos fazem Eh?, |
uguale è il colore | enquanto os chatos fazem Eh?, |
evviva i pazzi che hanno capito cos'è l'amore | enquanto os chatos fazem Boo!, |
è tutto un fumetto di strane parole | tudo fica igual, |
che io non ho letto | mas se as crianças fazem Uau |
voglio tornare a fare "oh" | ei, basta a vogal |
voglio tornare a fare "oh" | |
perchè i bambini non hanno peli ne sulla pancia | |
ne sulla lingua... | |
Eu me envergonho um pouco, | |
e os adultos fazem Não! | |
Eu peço abrigo! Eu peço abrigo! | |
Como os leões eu quero andar, engatinhando... | |
Cada um é perfeito, iguais na cor. | |
E viva os loucos, que perceberam o que é amor! | |
É tudo uma história de estranhas palavras | |
que eu não entendo... | |
Quero voltar a fazer Uau! | |
Quero voltar a fazer Uau! | |
Porque as crianças falam sempre, | |
falam tudo, tudo que pensam.. |
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Hoje estou triste, Deus sabe o porque. As tristezas não são explicadas , são vividas e percebidas. Esse é o tempo em que as palavras tentam pular nas nossas cabeças golpeando nossas cordas vocais e por almejar sair, por almejar ganhar significados, ela acaba por se perder no caminho entre a cabeça e a garganta.
Estas palavras perdidas vagam, as vezes por muito tempo em uma grande cena de silêncio (seja por mal entendidos, por erros, pelo passado ou pela dor).
Mas um dia sabemos que isso passará não importa quanto tempo dure o silencio, sabemos que passará. Existe uma força chamada Vida que clama, que convida borboletas para fazer parte do mundo secreto das palavras, e quando elas começam a sair, e a voar, não existe mais nada que as façam parar...
Desculpem alguns erros, depois faço algumas correções...
By Silvia
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Se basta quando se é
inunda almas sãs
alimenta o caminho lícito
A verdade
desnuda
nunca muda
aponta o real
defronta o interdito
amiga da fé
age, transforma
amorna
aquece
mas não esquece
nem do sutil
nem do brutal
apenas é
como tem que ser
sem vírgulas, ou reticências
balança no eixo da virtude
sempre em plenitude
nos invade de coragem
e luta contra a inverdade
que se banhou no orgulho
ou entre escolhas sombrias do egoísmo
Luta densa a da verdade
que nunca desejou ser escondida,
porém pode ser capturada pela ilusão da vaidade
mas forte como o que se é
existe
sempre existe, e em si se basta
para um dia sair da sombra
Palavra V!va de Gre!
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Primeiro Amor!
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Eu tenho o brilho do sol
My Girl (tradução)
by Silvia
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terça-feira, 26 de janeiro de 2010
O triunfo do Amor!!!!!
Durante ainda a graduação, li um livrinho do filósofo C.S. Lewis intitulado: A anatomia de uma dor (Hj está sendo muito indicado nos cursos de Psicologia, sobre o estudo do processo de luto). Esse livro é um diário, onde o autor não apenas vive falando do mundo das idéias, discorrendo indagações existenciais. E sim, ele conta de maneira dolorosa e brilhante seu sofrimento com a perda de sua amada Joy (sua esposa)...
Nesse livro encontrei as afirmações mais fantásticas de Lewis sobre um relacionamento. Foi nesse livro que ele além de ter experienciado o Amor Eros como ele mesmo usou o termo Eros para definir o amor Homem/ Mulher em seu livro The problem of pain, Lewis também foi um conhecedor da imensidão do amor de Deus...Em anatomia de uma dor ele diz o seguinte sobre o milagre de amar:
"Você também. Dê bronca, explique, zombe, perdoe. Pois esse é um dos milagres do amor. Ele concede a ambos,(...)- uma capacidade de ver além de seus próprios atrativos e, ainda assim, sem perder o encanto."
O grande triunfo do amor reside em ir além dos atrativos, ir além do que se vê... Ir além é caminhar, é lutar, é estar com quem se ama sempre encantados... Ao meu ver o encanto reside na cumplicidade, no carinho, na admiração, no respeito conquistados no dia a dia...É perceber que “A pessoa amada na terra,(...) não cessa de triunfar sobre a simples idéia que você faz dela. E você quer que seja assim você a quer com todas as resistências, todas as faltas, toda sua imprevisibilidade, isto é em sua realidade franca e independente.” C.S.Lewis (A anatomia de uma dor)
By Silvia
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Dois destinos
Nancy estava atrasada. Colocou o par de brincos mais brilhosos. Não esqueceu de borrifar mais perfume. O motorista a levou à festa de arromba. Nancy encontrou muitos conhecidos, conversou e dançou como fazia todas as noites de sábado. Amanheceu e Nancy resolveu ir para casa. Seus pés doíam. Em casa, sozinha, sentia-se cansada e insatisfeita.
Jeremias amanhecera doente. A esposa cuidou dele.
Nancy amanhecera doente. Foi para um hospital, num quarto solitário.
Jeremias melhorou e pôde voltar ao trabalho no outro dia. Os filhos fizeram uma surpresa para o pai naquela noite. Ambos desenharam a família e a mãe mandara moldurar.
Nancy melhorou e pôde ir em outra festa. Quando o sol já estava aparecendo resolveu comer na padaria, sozinha.
Quando Nancy saiu, viu Jeremias. Espantou-se de vê-lo com aquele ar de sempre, singelo demais ela pensou. Ele fora mais um em sua vida, pensou novamente. Dizia estar apaixonado, anos atrás. Ela, por sua vez, brincou com seu coração e desapareceu. Não queria nada sério. Acompanhou com o olhar aquele homem caminhando. Singelo demais pensou novamente, e foi embora. Precisava dormir, estava cansada e insatisfeita.
Jeremias percebeu a presença de Nancy, viu uma mulher com vestido de festa, salto alto, maquiagem forte e perfume doce às sete e meia da manhã, tomando seu café com os olhos tristes e um tanto borrados. Olhou-a de longe, e apesar de não sentir nada, se arrependeu dos dias que gastara com ela.
Anos se passaram. Jeremias progrediu no trabalho, teve netos, viu os filhos se formarem na faculdade. Estava cansado e satisfeito.
Nancy participou de muitas festas. Conversou e dançou todas as vezes. Fez plásticas, academia e dieta constante. Estava cansada e insatisfeita.
Jeremias cruzou com Nancy mais uma vez, na mesma situação. Não trocaram palavras, mas ele pensou "A vida cansa, mas só algumas partes dela valem a satisfação."
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
À todos aqueles que ainda acreditam no amor...não se confundam!
- Como podia?
E, então, como naquelas cenas de filmes, em que outros personagens se encaixam no nosso quebra-cabeça interno de um fato insondável, aparecera um cão correndo em sua direção. O animalzinho pulou em suas pernas, querendo brincar. Ele afagou seus pêlos macios e o cachorro aproveitou o momento. Antes que pudesse se perguntar de onde viera o cãozinho, escutou o dono gritando:
- Aí está você, imprestável. Venha, já aqui! Não pense que vai fugir de seu castigo por ter derrubado a sua comida.
E de súbito, o cachorro era levado pelas pernas, sem ao menos latir. De longe escutou-o apanhar. Pensou, então, que o cachorro, mesmo sem ter idéia, sabia amar melhor que o dono. Como em um turbilhão, a peça do quebra-cabeça se encaixava em sua mente, mostrando a resposta que faltava para sua dúvida: "Não era amor."
Palavra V!va de Gre!
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
sábado, 16 de janeiro de 2010
Vínculos afetivos
Que possamos relembrar com o Pequeno Príncipe:
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
” (…)Queria saber onde estão aquelas pessoas de verdade, que a gente não compra mas também não vive sem. Aquele amigo que mudou para o outro lado do mundo mas você não pensa duas vezes antes de pegar o carro, o ônibus ou o avião e fazer uma visita. Só olhar para ele, sentar ao lado, ouvir a voz, faz tudo ficar mais feliz.Algumas pessoas simplesmente valem a pena.Queria saber onde é que está aquele tipo de namorado que você não veste para se exibir mas despe para provar só pra si mesmo o quanto é feliz. Que você não desfila ao lado, mas leva dentro do peito.Que você não compra, consome, negocia ou contrabandeia. Mas se surpreende quando ganha de presente da vida.Aquele tipo que você não usa para ser alguém e justamente por isso acaba sendo uma pessoa muito melhor.Não culpo pessoas, lugares e sentimentos que se vendem e muito menos me culpo por viver pra cima e pra baixo com minha sacolinha de degustações frugais. É o nosso mundo moderno cheio de tecnologias e vazio de profundidades.Mas hoje, só por hoje, vou sair de casa sem minha bolsa. Vamos ver se acabo conhecendo alguém impagável.
– Tati Bernardi
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
domingo, 10 de janeiro de 2010
Dê o seu melhor!
Pare um minuto, olhe ao seu redor
É tempo de se estender a mão
Dê o seu melhor,Isso é o que Deus quer
Dê o seu melhor
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Música da vida
....descortina pensamentos
indicando os afetos sutis
eis o sentir que balança
na música da pulsão
a caminhar pelo ar
descobrindo as cores do invisível
no ritmo de quem ama, aprende,
se salva ou se arrebenta
mas sempre na escolha de ser
humano,
talvez demasiado,
mas sublime
sempre,
pois eis que pulsa sem cessar
em cor,
em ritmo,
em som,
faz a melhor música...
aquela
da vida...
rara beleza
da incógnita de ser
ah o existir,
intenso por si só,
envolvente,
ah o pensar
plainando entre palavras e imagens
alucinando sabores
ocultando rancores
pelas peripécias do sentir
eis a música
que habita
o profundo
e que paira
além
e que transmuta
não se sabe como
mas se faz
e se é
Palavra V!va de Gre!
As cores do invisível
vibrantes em sorrisos,
estão no calor daquele que sente;
tão intensa
determina humores,
tão radiante
alucina sabores
de afetos fluidos
Ah as cores do invisível
preenchem o ser que vive,
mas só o que vive.
Você sente-as?
Espalhe-a
e irá descobrir o
além do tangível!
Palavra V!va de Gre!