segunda-feira, 28 de julho de 2008






A la claire fontaine

M’en allant promener

J’ai trouvé

l’eau si belle

Que je m’y suis baignée
Il y a longtemps que je t’aime

Jamais je ne t’oublierai
Sous les feuilles d’un chêne

Je me suis fait sécher

Sur la plus haute branche

Un rossignol chantait
Il y a longtemps que je t’aime

Jamais je ne t’oublierai
Chante rossignol, chante

Toi qui as le cœur gai

Tu as le cœur à rire

Moi je l’ai à pleurer
Il y a longtemps que je t’aime

Jamais je ne t’oublierai
J’ai perdu mon ami

Sans l’avoir mérité

Pour un bouquet de roses

Que je lui refusai
Il y a longtemps que je t’aime

Jamais je ne t’oublierai
Je voudrais que la rose

Fût encore au rosier

Et que mon ami

PierreFût encore à m’aimer
Il y a longtemps que je t’aime

Jamais je ne t’oublierai

Tradução

Na Fonte Clara
Na fonte que clara
Eu vou passear
Acho a água tão bela
Que vou me banhar
Há muito tempo que te amo,
Jamais te esquecerei.
No alto d’um carvalho,Eu me sinto segura.
Sobre o mais alto galho,O rouxinol faz seu trabalho.
Há muito tempo que te amo,
Jamais te esquecerei.
Cante rouxinol, cante,Teu coração vive,Teu coração sorria…
Enquanto o meu ardia.
Há muito tempo que te amo,
Jamais te esquecerei.
Eu perdi meu amor
Sem saber o que causei,
Por um ramo de rosas
Que não lhe dei…
Há muito tempo que te amo,
Jamais te esquecerei.
Eu queria que a rosa
Fosse plantada,E que meu doce amigo
Fosse assim amado…
Há muito tempo que te amo,
Jamais te esquecerei.
Eu queria que a rosa
Fosse assim cortada,
E que a própria roseira
Fosse assim plantada…
Há muito tempo que te amo,
Jamais te esquecerei.




Palavra viva de silvia




Vida Contida

Nada queriam além do imediato, nada além do contido. Mais um pedaço de tudo, mais um bocado de muito. Sobre a face da mão, colocam uma rosa em botão. Sobre um porque e um não sempre sobra a confusão. Um a menos causa caos, um a mais é demais. Passa raspando, raspa rasgando quem vê a vida por detrás. Joga luz sobre vidraça, lança fogo sobre o lodo. Quando quente derrete o osso. Quando frio estremecem. Nada esperam em demasia, nada se lança ao vento e volta. Tudo gira num instante e no fim todos se esquecem.

Palavra Viva de MMM...

domingo, 27 de julho de 2008


Além Do Arco-Íris
Em algum lugar sobre o arco-íris
Bem alto
Existe uma terra sobre a qual eu ouvi
Uma vez numa canção de ninar
Em algum lugar sobre o arco-íris
Os céus são azuis
E os sonhos que você se atreve a sonhar
Realmente se realizam
Um dia eu farei um pedido a uma estrela
E acordarei onde as nuvens estejam longe
Detrás de mim
Onde os problemas derretam como pastilhas de limão
Longe do topo das chaminés
E lá você me encontrará
Em algum lugar sobre o arco-íris
Pássaros azuis voam
Pássaros voam sobre o arco-íris
Por quê, então, porque eu não posso?
Se felizes passarinhos azuis voam
Além do arco-íris
Por quê, porque eu não posso?
Que vocês tenham uma ótima semana, que esses dias que estão por vir, a vida possa fluir além do arco iris, O arco Iris que é símbolo de aliança, e do amor, do mais puro e cristalino Amor...
palavra viva de Silvia

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavrar grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas."
Caio Fernando Abreu
Palavra Viva de Silvia

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O que é, o que é...

Sou a areia que se deixou guiar pelo vento... poeira.
Sou a àgua que transcorreu a terra... o lodo.
Sou a seiva bruta que se deixou queimar... a fumaça.
Sou a sombra... o contrário... sou aquilo que virá.
Sou a meta, a osmose... a metamorfose.

Palavra Viva de MMM...

terça-feira, 22 de julho de 2008



Retrato....

Não tenho palavras de alegria, apenas uma melancolia e um choro contido, lágrimas que quero chorar, e ainda não descobri o motivo para chorá-las ...Existe apenas um vazio, uma saudade e uma música triste.
palavraviva de Silvia

segunda-feira, 21 de julho de 2008


Pequenos são os instantes que nos permitimos fluir. Lançar vôo de olhos vendados e deixar-se dominar pelo compasso cardíaco. Reativo é o tremor das pápebras que insistem em abrir na hora errada... mas logo se fecha ao som do estrondo que reage ao impacto da luz sobre a superfície ocular... e é isso que sega! Na secura da saliva intácta se engole as palavras gastas. Desgaste e lance fora a goma que impede aquele vôo. Em vôo, se revela algo secreto: os instantes são eternos e a vibração é constante. Desconhecemos a salto e tememos a queda, mas é nele que se eleva o lúcido fluir da ritmia humana.
Palavra Viva de MMM...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

A vida precisa do vazio:
a lagarta dorme num vazio chamado casulo
até se transformar em borboleta.
A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida.
Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito.
E as pessoas, para serem belas e amadas,
precisam ter um vazio dentro delas.
A maioria acha o contrário;
pensa que o bom é ser cheio.
Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e sabedoria e falam sem parar.
São umas chatas quando não são autoritárias.
Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar.
A essas pessoas é fácil amar.
Elas estão cheias de vazio.
E é no vazio da distância que vive a saudade....

Rubem Alves

Palavra VIva de MMM...

domingo, 13 de julho de 2008

A história do pincel sem cor...

Me disseram que o pincel quis passar-se por lápis, pois cansou-se de perder a sua cor. Deixou a timidez e lançou-se à escrever. Contudo não esperava, encontrar o lapis de cor. Este, por sua vez, uma cor foi-lhe fixada... O pincel desde então, percebeu-se que ser lápis, caia meio em vão, pois traço que borracha apaga, não deixa rastros não. O pincel inconformado, sonhou ser lápis de cor então. Pôs-se a pintar, mas logo se angustiou: "como posso com uma cor só, colorir o meu jardim?". Assim, pincel sem cor custou a perceber que sendo ele como é, detinha a magia de toda a cor.

Palavra Viva de MMM...